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Posts Tagged ‘Amor de índio’

. “Quem poderá fazer aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela noite escura.”

Dos amores mais sinceros que tive, o seu nunca me desapontou. 
Das saudades mais intensas, a sua fora sempre a que me confortou.
E engraçado dizer como podem caminhos serem tão diferentes e se encontrarem, assim como o símbolo do nosso signo, dois peixes indo em direções opostas, mas sempre se tocando, como você mesmo o dissera. 

Não sei se já cheguei a dizer o quanto o admiro.
. (e)terno, sedutor, intenso, espiritual, amante, amado e amor. E tem dentro de si um turbilhão de sentimentos e de coragens que quisera eu poder sempre (com)partilhar. 
É como se expressasse a geografia, o novo, e os princípios todos de uma vida ainda não vivida.

Te acompanho de longe, pois, com você aprendi a respeitar os espaços todos, os meus principalmente. Aprendi que solidão é paz e autoconhecimento. E que amor é uma coisa tão inexplicável em palavras que só no olhar e no abraço se expressa com maior exatidão.

Tenho você comigo. E tenho uma mesma saudade em mim. 

Por sorte você não desapareceu digitalmente em sua totalidade. 
Procuro por fotos suas, de como você vê o mundo. Me conforta. Me devolve muitas memórias de um dos momentos mais incríveis da vida, que foram aqueles 3 anos que você estava inserido no meu cotidiano, um cotidiano nosso, que a gana pela arte nos trouxe. E que só olhando suas fotos entendo o quanto me faz falta. Fui por outro caminho, onde a arte nem sempre está tão presente. Você a respira e a transpõe pro mundo, com uma beleza que só a sua delicadeza seria capaz.

Escrever em segunda pessoa sobre quem amamos é um lance tão visceral que por vezes me segurei para não transbordar para o mundo essas sensações todas. Guardo-as comigo, pois é justo que só as transborde na sua presença, que tem sido cada vez mais rara e essencial.
 
Que continuemos eternizando os momentos que vivemos, e semeando essas vivências pelo mundo. Inclusive, queria que o mundo todo o conhecesse, e que seja pela tua arte.
Um amigo meu diz que ‘quando a arte fala por nós, não necessita de discurso’, e tenho aprendido o quanto isso tem poder e significado quando são pessoas de bom coração a fazê-la.

“Amor de índio” na voz de Bethânia, pois não há outra voz que me lembre tanto você:

“Tudo o que move é sagrado,

No inverno te proteger, 
no verão sair pra pescar, 
no outono te conhecer, 
primavera puder gostar,
no estio me derreter,
pra na chuva dançar e andar junto.

Sim, todo amor é sagrado.”

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